MAIOR EVENTO DE BUBALINOCULTURA DO ARQUIPÉLAGO DO MARAJÓ: FEIRAS, SHOWS, EXPOSIÇÕES, ARTESANATO, ATIVIDADES CULTURAIS E ESPORTIVAS ETC.

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

VAI COMEÇAR O ESPETÁCULO!


Não perca! O Marajó Búfalo Fest começa em setembro este ano. Agende-se!
Olha só o mascotinho criado pela Estratégia Comunicação que movimentou os estudantes de Soure na criação do seu nome. Vai perder esses grande evento que vai sacudir o Marajó?

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

O Búfalo do Marajó



Foto: Nailson Guimarães

  
Animal de porte avantajado e pelagem preta, o búfalo (Bubalus bubalis) teve sua origem na Ásia. Chegou ao Brasil por volta de 1890, na Ilha de Marajó, e se multiplicou rapidamente.

Dos bubalinos introduzidos no Brasil, quatro raças são reconhecidas oficialmente pela Associação Brasileira de Criadores de Vúfalos: Carabao, Jafarabadi, Mediterrâneo e Murrah. Sendo a primeira introdução de búfalos em nosso país em 1890 pelo Dr. Vicente Chermont de Miranda, fazendeiro de Cachoeira do Arari, que comprou búfalos Carabao ou Rosilhos. Em 1895, também fizeram uma importação de búfalos italianos .
Nessas duas introduções deram origem ao “Búfalo Preto do Marajó” (Preto Marajoara), semelhante ao búfalo Mediterrâneo italiano.
(Fonte: http://www.revista.inf.br/veterinaria08/revisao/08.pdf )

O búfalo é um animal que chega a pesar mais de uma tonelada e é um dos símbolos do Marajó, pois é nesta ilha que se encontra o maior rebanho bufalino do Brasil. O búfalo faz parte do cotidiano da comunidade, já que está nas fazendas, nas ruas da cidade, no policiamento montado do 8º Batalhão de Polícia Militar do Pará, nas competições esportivas, na coleta de lixo domiciliar, no transporte de cargas e de pessoas.

LUTA MARAJOARA




Foto retirada do site: Mudo Marcial

A Luta Marajoara ou Agarrada Marajoara surgiu com o próprio caboclo há mais de 300 anos, a partir de suas observações e necessidades. Contam os mais antigos vaqueiros do Marajó, que aprenderam com seus avós a prática desta genuína luta do Marajó. Contam que o caboclo analisou a atitude do búfalo, animal que diante da ameaça iminente de sua liderança em relação ao rebanho, enfrenta o búfalo rival colocando cabeça com cabeça, ficando com as patas no chão e tentando um derrubar o outro emaranhando seus chifres; o que cair é o perdedor. A esta luta tratava entre búfalos, sabiamente o marajoara denominou “marrada”, que com o passar dos anos mudou lingüisticamente para “AGARRADA”. E a exemplo do que fizeram os orientais criando estilos de luta baseadas nos movimentos de ataques e defesas dos animais como a serpente, o tigre, o leopardo, a garça etc.
O nativo da ilha do Marajó, residente nas fazendas da região estudou os movimentos do búfalo em combate e, a partir daí desenvolveu um estilo próprio de luta, a Luta Marajoara, inclusive relacionando os nomes de alguns ataques ao animal que o inspirou, como boieco, boi laranjeira, calçada, recalçada, fincada. E por não possuir chifres, utilizou-se dos braços para derrubar o oponente, mas colocando também cabeça com cabeça e segurando nas mãos do oponente para desenvolver a luta marajoara, que via de regra, acontece sempre nos finais de tarde à beira dos rios, antecedendo o banho ou quando o caboclo sente-se ameaçado na liderança perante o grupo ou em relação à sua fêmea.
Hoje esta luta é bastante praticada nas festividades populares dos municípios que compõem o Marajó, como Festividade de São Sebastião, em Cachoeira do Arari, Aniversário da Cidade de Salvaterra, Festival do Tamuatá em Santa Cruz do Arari, Festival do Camarão em Muaná, Aniversário da Cidade de Ponta de Pedras, e em Soure em várias momentos do ano, como nos jogos de verão, no aniversário da cidade e no Marajó Búfalo Fest. Foi em Soure que ocorreu os Jogos de Identidade Cultural do Marajó, quando os citados municípios enviarem seus melhores lutadores e lutadoras. O evento obteve grande repercussão no Pará e no Brasil.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Esportes tradicionais do Marajó



Por: Márcio Vitelli - Assessor de Comunicação da Prefeitura de Soure
           
Antes de conhecermos melhor as várias competições esportivas que compõem a rica tradição de Soure, situada na costa leste do Marajó, vamos conhecer também um pouco mais sobre Arquipélago do Marajó e o município de Soure que tem grande potencial turístico, e é um dos poucos da região a oferecer uma boa infraestrutura de atendimento aos visitantes.

Arquipélago do Marajó
Cercada por águas doces e salgadas – as dos rios Amazonas e Tocantins, de um lado, e as do Oceano Atlântico, de outro – o Arquipélago do Marajó (ou ilha do Marajó como é conhecido) é separada de Belém, no estado do Pará, pelo rio Tocantins. Famoso por seu difícil acesso, pela pororoca (ondas gigantescas formadas no encontro das águas do rio Amazonas com o mar), pela admirável cerâmica indígena de desenhos geométricos e pelos imensos rebanhos de búfalos, a ilha também criou um cavalo peculiar: o marajoara.

Soure
Monforte, o povoado que deu início a Soure, era habitado por índios maruanazes e mundis, pertencentes à tribo dos Aruãs. No início do século XVII, com a chegada dos padres de Santo Antônio, o povoado passou a se chamar Menino Deus. O nome Soure, foi dado pelos primeiros colonizadores portugueses, oriundos de uma antiga vila de Concilia, do Distrito de Coimbra, que era chamada, no tempo dos romanos, como Saurim, por causa da presença de saúrios ou jacarés. Ao perceberem que em Menino Deus também havia muitos jacarés, eles resolveram dar esse nome em homenagem a sua terra natal em Portugal, e ficou então Soure.
            Em 1757, Soure foi elevada à categoria de Vila pelo seu fundador, Francisco Xavier de Mendonça Furtado (irmão do Marquês de Pombal), na época 19º governador e capitão general do Estado do Maranhão e Grão Pará. Soure fazia parte então da Comarca de Monsarás. Somente em 2 de setembro de 1858 o Conselho da Província do Pará determinou que a Câmara de Monsarás marcasse as eleições para a nova Câmara de Soure. A apuração da votação dos Vereadores ocorreu em 7 de janeiro de 1859 e no dia 20 do mesmo mês foi feita a instalação definitiva do Município de Soure.
Além de igrejas, coretos, praças, casas antigas e belas praias, Soure chama a atenção por suas ruas largas e sombreadas por mangueiras, denominadas por números. Como em Nova Yorque, a cidade também tem uma Quinta Avenida.
A pecuária é a principal atividade econômica do município que possui grandes rebanhos de búfalos, bois, cavalos e porcos. O queijo marajoara, do leite de búfala, é um dos produtos mais apreciados do local. Na agricultura se destacam a produção de coco, e frutas nativas como bacuri, murici, abricó, sapotilha, cajarana, entre outras. A pesca e extrativismo de caranguejo também são importantes para a economia do município que exporta cerca de 10 mil crustáceos por mês.